4.12.2008


Viagem

O passado é o passado,
mas no silêncio insone o manipulo.
Assim - ou doutro modo - aqui cheguei.
A este cume, a esta sombra alada
que possui o tempo e o desfaz
- e se desfaz - em fumo.

Aqui cheguei. A este tudo.
A este nada.

2 comentários:

Graça Pires disse...

Manipular o passado. Chegar ao cume. Chegar à sombra alada. Chegar. Belíssimo poema, meu Amigo de todos os tempos. Mas, alguém repara no sobressalto do olhar quando o tempo se detém na memória do silêncio?
Um beijo.

São disse...

Oh, João Carlos!
Que surpresa boa, encontrar aqui este magnífico poema!
Sê feliz.

RETIRA ESSE AKINOGAL, QUE É PERIGOSO.