- Ao governo dos EUA
- À NSA e à CIA- Ao Google
- Ao Facebook
- À Microsoft
- E a quem mais possa interessar, governo (sipaio) português e SIS incluídos.
Eu João Carlos Lopes
Pereira, cidadão do mundo com nacionalidade portuguesa, conhecedor da decisão
do governos dos EUA em aceder a dados que lhe facultem informação sobre
qualquer cidadão de qualquer nacionalidade – logo, sobre a minha vida privada,
no sentido de avaliar se constituo um risco para a segurança interna dos EUA e,
consequentemente (porque é essa a visão norte-americana das coisas), para a
própria humanidade –, permito-me informar-vos do seguinte:
- Autorizo que vasculhem toda
a minha vida, passada, presente e futura, pois nada do que penso, digo e faço
é, do meu ponto de vista, imoral, ilegítimo ou ilegal. Logo, não é secreto;- Para vos facilitar o entendimento da pessoa que sou, acrescento:
1 – Considero serem os EUA
uma potência terrorista – aliás, a maior organização terrorista do mundo –,
capaz de arranjar as mais alvares e descaradas mentiras para, a coberto delas,
invadir países e sujeitar os respectivos povos às mais atrozes violências,
apenas porque os seus governos não se sujeitaram a prestar vassalagem ao poder emanado de
Washington. Só nos últimos 70 anos, milhões de civis (incluindo mulheres,
crianças e idosos de todas as raças e credos), foram vítimas de bombardeamentos
(com armas convencionais, químicas ou nucleares), abatidos a tiro, presos e torturados directamente pelas forças armadas
americanos ou por mercenários a seu soldo, ou foram vítimas de aparelhos
repressivos inspirados e apoiados pelos EUA;
2 – Que esse poder nada mais
é do que o resultado da obediência cega da administração norte-americana aos
lobies económicos e financeiros que a dominam e a usam para os fins que têm por
convenientes;
3 – Que, nessa ordem de
ideias, os EUA consideram-se autorizados a ter sob observação e controlo todos
os movimentos sociais, políticos e culturais do planeta, principalmente porque
têm como desígnio o domínio absoluto da economia mundial – sendo o dólar (que
não vale o papel em que é reproduzido) um instrumento desse mesmo domínio – com
vista a garantir a defesa daquilo a que chamam «os seus interesses vitais»;
4 – Trata-se de algo, como
facilmente se conclui, muito semelhante ao conceito de «espaço vital»
que Hitler utilizava para justificar a sua política expansionista e de controlo
absoluto da humanidade;
5 – A história da humanidade,
nos últimos dois séculos, é, pois, um extenso e sangrento painel que
regista várias centenas de intervenções armadas dos EUA em países espalhados
por todo o planeta, incluindo apoio expresso e confessado a golpes de cariz
ditatorial, de matriz fascista, de que são meros exemplos os golpes de
Pinochet, no Chile, e de Suarto, na Indonésia;
6 – Considero, portanto, que
os conceitos de democracia e liberdade, made in USA, se desenvolvem em
obediência àquilo – e apenas àquilo – que interesse à oligarquia financeira que
domina o planeta, sendo considerados proscritos – e, consequentemente,
terroristas – todos os que não se sujeitarem ao poder do dólar. Ao poder
financeiro;
7 – Seria, pois, supérfluo
discriminar os vários ditadores que os EUA apoiaram, apoiam e, certamente,
continuarão a apoiar, pois grande ingenuidade seria imaginar que os EUA não
estão dispostos a continuar a fabricar os ditadores necessários à manutenção da
sua actual hegemonia;
8 – No fundo, vejo os EUA
como uma potência colonial, de timbre totalitário, capaz de imolar milhões de
pessoas no altar dos seus «interesses vitais», revelando-se como o maior
inimigo da Liberdade e dos Direitos Humanos, apesar de se autoproclamar o
principal defensor desses valores;
9 – Para que não restam
dúvidas do que penso em relação aos perigos que os EUA representam para a
humanidade – de que o escândalo do PRISM é apenas mais um infame detalhe
– declaro que jamais denunciaria um «terrorista» procurado pelos EUA, tal como
jamais avisaria os EUA de qualquer ataque «terrorista» de que, eventualmente,
tivesse conhecimento;
10 – Concluindo: se o mundo
fosse justo e verdadeiramente livre, há muito que vários presidentes dos EUA se
teriam sentado, antes de quaisquer outros, no banco dos réus do Tribunal
Internacional de Justiça de Haia. Muitos outros, por crimes bem menores – ou,
até, por crimes nenhuns – ali foram julgados e condenados, só porque isso
convinha aos interesses dos EUA.
(Publicado no Facebook, no
blog www.umaterrasemamos.blogspot.com,
lido na Rádio Baía, enviado para os principais órgãos de comunicação social, Grupos
Parlamentares e Presidência da República).
1 comentário:
Se me tivesses convidado assinaria a Declaração contigo, AMigo!
Até logo, rrrs
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