Portugal, hoje em dia…
(foto triste, com soneto)
Jardim à beira-mar, foste chamado,
agora, cemitério é o teu nome,
depois de carcomido pela fome
e por novos barões acorrentado.
Um povo adormecido, descuidado,
um come e cala (ou porque cala, come);
e enquanto isso, o Poder, incólume
enche a barriga e ri-se, desbragado.
Corruptos, pedófilos, ladrões,
saltam dos bancos para a governança
e dela para os bancos, comilões.
Enchem a mula sem qualquer temp’rança,
e tu, povo carneiro, sem colhões,
pagas, sem um berro, esta festança
3 comentários:
Soneto feito com a raiva que te (nos) é legítima.
Um beijo, meu Amigo de sempre.
A minhas palmas, sinceras.
Um grande abraço.
Só hoje li este verdadeiro soneto que na minha modesta opinião poderia ser de um Camões ou de um Bocage, e que se adapta perfeitamente á nossa triste realidade...
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