4.13.2009

Portugal, hoje em dia...



Portugal, hoje em dia…
(foto triste, com soneto)


Jardim à beira-mar, foste chamado,
agora, cemitério é o teu nome,
depois de carcomido pela fome
e por novos barões acorrentado.

Um povo adormecido, descuidado,
um come e cala (ou porque cala, come);
e enquanto isso, o Poder, incólume
enche a barriga e ri-se, desbragado.

Corruptos, pedófilos, ladrões,
saltam dos bancos para a governança
e dela para os bancos, comilões.

Enchem a mula sem qualquer temp’rança,
e tu, povo carneiro, sem colhões,
pagas, sem um berro, esta festança

3 comentários:

Graça Pires disse...

Soneto feito com a raiva que te (nos) é legítima.
Um beijo, meu Amigo de sempre.

São disse...

A minhas palmas, sinceras.
Um grande abraço.

Anónimo disse...

Só hoje li este verdadeiro soneto que na minha modesta opinião poderia ser de um Camões ou de um Bocage, e que se adapta perfeitamente á nossa triste realidade...