Aleluia!
O país respirou de alívio. Depois de negociações verdadeiramente dramáticas, o OGE vai passar. Muito obrigado, PS. Obrigadíssimo, PSD. Com este OGE, Portugal vai salvar-se da bancarrota, reconquistar o prestígio internacional a abrir o caminho a um futuro finalmente radioso. Ou, pelo menos, tranquilo e estável. A crise vai ser vencida. Aleluia!
Apenas me ficou uma dúvida. Se toda a gente detinha - dos governantes actuais aos governantes passados - as receitas para salvar o país e transformá-lo, pelo menos, numa coisa menos fétida, porque se deixou chegar o doente ao estado a que chegou? Desconfio que nenhum dos salvadores da pátria sabe a resposta. Ou, se a sabe - o que é mais certo - prefere guardar um prudente silêncio.
Mas o país vai salvar-se, e isso é que interessa. E vai salvar-se porque vem aí mais fome, mais desemprego, mais crédito malparado, mais falências, mais criminalidade. Todos os indicadores económicos a sociais baterão no fundo, mas o país estará a salvo. Em termos estatísticos, teremos uma acentuada melhoria no que respeita à saúde dos portugueses a ao progressivo envelhecimento da população, pois haverá menos doentes e menos velhos, sem ser necessário recorrer às câmaras de gás. Morrerão natural e antecipadamente em consequências das medidas sabiamente adoptadas.
Parabéns, PS. Parabéns, PSD. Um país roto e faminto, mas grato pela vossa competência, agradece o esforço. E até acha que não merecia tanto.
Chocalham de riso os ossos de Salazar. Mas isso, só os mais velhos ouvem.
3 comentários:
Assino por baixo.
Mas, se me permites, eu acuso também deste imensurável descalabro Cavaco, Durão e Guterres.
Uma boa semaana.
E Mário Soares, Cavaco e tutti quanti.
Abraço, São
Monte Cristo
Obrigada por passares no meu "Ortografia" e deixares lá as tuas palavras sempre tão amigas. Deixei de me interessar por ler, ouvir e falar sobre política. Eu sei. É preciso alguém que o faça, mas eu já tenho a minha sanidade mental afectada com tanta palhaçada. Recuso. Recuso. Recuso.
Um beijo, meu amigo de todos os tempos.
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