4.30.2011

Sócrates sai de cena

Finalmente!


O primeiro-ministro, senhor José Sócrates Pinto de Sousa, acaba de anunciar a sua renúncia à vida política. Em declarações à comunicação social, afirmou que o tempo não está para aventuras.

Como sem aventuras não são precisos aventureiros, está tudo dito.

DEMISSÃO ACEITE!

4.25.2011



Os senhores da la Palisse

Que lindos que foram os discursos do actual e ex-presidentes desta republicazinha!

Afinal, eles sabem – como sempre souberam – a receita para resolver a crise. Também não tem muito que saber: foi sempre a mesma. Mas é sempre comovedor ouvir suas excelências a apelar à concertação social, à aceitação dos sacrifícios, à concentração de energias, ao esforço colectivo e a outros clisteres igualmente milagrosos. (E nem vale a pena esclarecer suas sumidades que essa receita nunca deu nada que se visse – antes pelo contrário – porque fartos de saber isso estão eles).

Por isso, em linguagem de gente, o que eles combinaram dizer foi: «Aguenta, Pacheco!».

Mas – e que curiosas que as coisas são – nenhum deles respondeu às questões essenciais:

1 – Quem – e o quê – (que pessoas, que partidos, que políticas) conduziram as coisas a este estado?

2 – Que responsabilidades tiveram – ou têm – eles próprios na situação actual? Ou porque, sendo tão sábios, não impediram, com o poder que tiveram, que isto chegasse ao que chegou?

3 – Como será possível resolver a crise, se as receitas para a resolver são as mesmas que a ela conduziram?

Finalmente, eis a descoberta espantosa que todos fizeram:

O PAÍS ESTÁ A VIVER UM MOMENTO PARTICULARMENTE DIFÍCIL.
(O Senhor Jacques de la Palisse deu dois mortais à retaguarda, com pirueta, lá no distante túmulo onde devia repousar).

Pronto! Rendo-me! V. Exas. são, de facto, muito inteligentes. Com crânios desses, vamos longe. Ai vamos, vamos…

Então, até lá.