5.25.2008

Intermezzo IV


Oferenda

Quando o instante singular revela
o sentido da folha ou a minúcia do pólen,
há um espaço translúcido onde a palavra nasce
consonante e pura.

Escrevê-la,
é edificar a nuvem, gota a gota,
e da janela vê-la ir,
como se não fosse nossa
.

7 comentários:

Graça Pires disse...

A palavra nasce da pureza do olhar e deixa logo de ser nossa. Como se fosse um pássaro de asas transparentes...
O teu poema é lindo, meu amigo de sempre. Gostei da janela aberta sobre o campo... Um beijo.

mundo azul disse...

...sim! A palavra, uma vez escrita, nunca mais é só nossa...
É muito bonito o seu poema!!!
Beijos e muita luz...

O Puma disse...

Mas é nossa

e com ela

também nos desmoronamos

ou reconstruímos

gota a gota

Belo

São disse...

Meu querido amigo, que belo poema e que magnífica fotografia!!
Feliz fim de semana.

São disse...

Vim reler-te e desejar-te feliz feriado.

São disse...

Vim reler-te.
Abraços, meu caro amigo.

Graça Pires disse...

Este "intermezzo" já vai longo...
Um beijo para ti.