7.02.2007

Combustíveis e não só..


200 mil portugueses abastecem
regularmente em Espanha
As notícias dos jornais galegos davam conta dos combustíveis a preços recorde naquela região autónoma: o gasóleo a 0,98 euros e a gasolina sem chumbo 95 octanas a 1,11 euros.

Ora, o preço recorde da Galiza, que não é diferente do resto da Espanha, é ‘apenas’ mais baixo 26 cêntimos (52 saudosos escudos) por litro da gasolina e dez cêntimos por litro de gasóleo do que em Portugal. Com esta diferença, atestar um carro a gasolina sem chumbo, de 95 octanas, no outro lado da fronteira, significa uma poupança mínima de dez euros (dois mil escudos) o que, para quem vive perto, é muito significativo.
Um automobilista que, no nosso país, gaste uma média de 1.500 euros de gasolina por ano, se abastecer em Espanha, consegue poupar pelo menos 364 euros. É por isso que, segundo a Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC), já são cerca de 200 mil os automobilistas portugueses que abastecem regularmente em Espanha, o que corresponde a qualquer coisa como 300 milhões de euros gastos em combustíveis no país vizinho.
"Pouco compro em Portugal"
Leio nos jornais: «António Lima vive na vila de Valença do Minho, a 500 metros de Tui, “onde tudo, menos comer em restaurantes, é mais barato do que cá”, diz ele - e diz quem faz as compras todas em Espanha. “Pouco compro em Portugal”, diz este valenciano, destacando as diferenças de preços da gasolina, do gás, da carne, do peixe, dos cereais e até do pão e do leite. “Na minha casa somos cinco pessoas e há dois carros. A comprar tudo em Espanha e a meter lá gasolina conseguimos uma poupança de mais de 250 euros por mês”, acrescentando que “o que cá vale a pena é ir comer fora e tomar café”».
É por isso que a ANAREC diz não ter dúvidas de que 25 a 30 por cento dos habitantes da raia portuguesa faz compras regularmente em Espanha, o que dá cerca de 200 mil pessoas. Não é por acaso que, só no ano passado, decretaram falência mais de 30 postos de abastecimento de combustíveis nas vilas e cidades fronteiriças.
É. Um dia destes dou o salto. Estou farto disto. Estou farto deles. Cheiram-me ao mesmo que me cheiravam os outros, os que um dia de primavera se renderam ao Movimento das Forças Armadas.

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