7.08.2007









E a Primeira Grande Maravilha foi...


Dia 7 de Julho, no maravilhoso Estádio da Luz, numa cerimónica bacoca e sem qualquer significado cultural e científico, dizem que se elegeu, via mensagens telefónicas ou via internet (que tanto podiam ser enviadas por gente sensata, culta e inteligente, como por analfabetos e outros calhaus sem a mínima noção do que estavam a fazer) as novas Sete Maravilhas do Mundo e as Sete Maravilhas de Portugal. Valeu o que valeu - isto é: ZERO. As maravilhas que foram consideradas já o eram antes da votação - e nada se lhes acrescentou de maravilhoso - e as que o não foram, meus caros, não foi por isso que deixaram de ser coisas maravilhosas.


Mas houve uma grande, real, iniludível, verdadeira, sentida, espontânea e gloriosa grande Maravilha. Foi a monumental vaia com que os milhares de portugueses presentes «ovacionaram» o senhor José Sócrates Pinto de Sousa, por alcunha «o engenheiro».


Não assisti ao espectáculo, nem vi pela televisão. Soube, no dia seguinte, pelos diversos noticiários. E fiquei feliz. Percebi que essa «enorme e possante besta», que Erasmo de Roterdão dizia o povo ser, ainda mostra, de vez em quando, que não está totalmente dominado.


Que maravilha, meus amigos, sabermos que o povo, afinal, ainda mexe...


3 comentários:

Anónimo disse...

O homem (ou seja: o engenheiro), agora, foge do povo como o diabo da cruz. Até inaugurou a nova ponte com o rabo entre as pernas, longe da ralé.

Vaidoso e cobarde, deve ter sentido na pele o que é o desprezo popular.

Viva o Povo que protesta!

Abaixo o Sócrates e o PS!

Rua com eles!

Anónimo disse...

Que vergonha! Vaiarem o nosso primeiro-ministro e a Estátua da Liberdade. O que é que esta gente quer? Querem ser todos engenheiros, e? E se não fossem os américas, quem é que se encarregava de reduzir a população mundial, que está sempre a crescer? Não vêem que as guerras são necessárias para essa coisa dos equilíbrios demográficos. Já viram que se o Hitler (outro iluminado, como Bush) não tivesse assassinado tanta gente, andávamos agora para aí a comermo-nos uns aos outros?

Bem. E de certa maneira, andamos... a ser comidos. E cá com uma pinta!

Anónimo disse...

Pois é, muito de vez em quando o povo mexe, mas mexe pouco e medroso. Quem manda já percebeu isso e sabe que qualquer manifestação de desagrado não passa disso mesmo, de estrebuchos inconsequentes. Enquanto o povo não tomar atitudes mais enérgicas, nunca vai ser respeitado. E isso só prova a má formação dos "engenheiros" que estão no poleiro porque o respeito pelo povo não deveria ter que ser exigido mas deveria impor-se como um direito adquirido numa sociedade democrática.