Dessa visita, que a foto documenta, pode verificar-se que a razão - como sempre - está do lado do governante. No final, Mário Lino (o segundo da primeira fila, a contar da direita), que se fez acompanhar por diversos secretários de estado, assessores e adjuntos, para além de investidores com interesses na Ota, disse à comunicação social que a Península de Setúbal está em condições de começar a abastecer com areia as zonas do litoral do país que estão a ser afectadas pela erosão marítima.
Lúcido e bem disposto - e com a elegância argumentativa que o caracteriza - esclareceu que o governo não inviabilizou o novo aeroporto na Ota por a Península de Setúbal ser um deserto, mas que foi precisamente o contrário, ou seja - e citamos - «temo-nos esforçado por transformar esta região num deserto, para podermos agora dizer que na Ota é que o aeroporto fica bem». O ministro disse ainda que, «para o sucesso do governo ser completo, falta a Secil e as pedreiras arrasarem a Serra da Arrábida, que se está a revelar um grande entrave aos nossos objectivos».
A terminar, Mário Lino acrescentou que «é também por isso que o senhor primeiro-ministro insiste tanto na co-incineração na Serra da Arrábida, esse monte de pedras sem qualquer sentido».
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